Jan. 2023 - O ATAQUE À AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL
Artigo do Mês - Ano XXII– Nº 249 – Janeiro de 2023
É impressionante como o novo governo vem desfilando diariamente declarações estapafúrdias, que revelam uma ignorância absurda a respeito dos assuntos econômicos mais elementares – e não estou me referindo a teorias mirabolantes ou modelos macroeconômicos complicados, mas ao simples funcionamento das atividades econômicas no mundo real. Sinceramente, há que se ter muito estômago para acompanhar o noticiário.
A ECONOMIA E A SÍNDROME DE SÍSIFO
Publicado na Edição 147
13 JAN 2023 - 10:27
Pandemia, guerra na Ucrânia, perturbações energéticas: nada foi capaz de
impedir a subida da economia brasileira, que estava 'com os dias contados'
Um mito bem conhecido da Grécia antiga é o de Sísifo, considerado o mais inteligente e astuto dos mortais, mas que — certamente por julgar que essas suas qualidades o dispensariam de qualquer atitude de humildade — ousou desafiar e tentar iludir os deuses, o que lhe valeu uma punição terrível: rolar eternamente com as mãos, montanha acima, uma enorme pedra de mármore. Sempre que estava perto de alcançar o cume, extenuado pela faina sobre-humana, uma força avassaladora fazia a pedra rolar novamente morro abaixo até o ponto de onde partira, jogando fora todo o imenso esforço despendido. É desse mito que vem a expressão “trabalho de Sísifo”, utilizada para designar aquelas tarefas que exigem esforços repetitivos penosos e irremediavelmente fadados ao fracasso, em infindáveis ciclos que alternam esperança e frustração e sem qualquer possibilidade de tentativa de recusa ou desistência.
Dez. 2022 - A INACREDITÁVEL “CARTILHA ANTIRRACISTA” DO TSE
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 248 – Dezembro de 2022
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem dúvida, uma das nossas modalidades de jabuticaba, por meio da Comissão de Promoção de Igualdade Racial – outra esquisitice, em se tratando de um órgão que deveria cuidar apenas de organizar e garantir a lisura de eleições e que custa muito caro para os pagadores de impostos -, criou uma cartilha com expressões que seus iluminados membros consideram “racistas”, que devem ser evitadas pelos brasileiros. A inacreditável lista contém 106 palavras e termos “de cunho preconceituoso e discriminatório”, que precisam, segundo as mesmas doutas criaturas, ser substituídas por sinônimos na nossa língua.
O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DAS INCERTEZAS
Publicado na Edição 139, de 18/11/2022
A presente crise econômica é séria e é uma das maiores e mais
graves desde o golpe republicano acontecido há 133 anos
Assim que o TSE divulgou o resultado do segundo turno da eleição, caiu uma chuva torrencial de incertezas em todo o país. Um grande aguaceiro, mais parecendo um dilúvio, que formou rapidamente um mar perigoso em que, atiçados pelos ventos da falta de transparência, da violação da liberdade de expressão, da falta de espírito público e da obtusidade econômica do grupo declarado vencedor, navegam perigosamente os barcos da dúvida e da insegurança.
Nov, 2022 - RETOMANDO O CAMINHO PARA A MISÉRIA
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 246 – Outubro de 2022
Publicado na Revista Oeste, Edição 136, de 31/10/2022

Out. 2022 - A ELEIÇÃO E O FUTURO DA ECONOMIA
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 246 – Outubro de 2022
Publicado na Revista Oeste, Edição 134, de 14/10/2022
Que Brasil Bolsonaro herdou? Como está a economia hoje? O que pode acontecer se essa equipe
continuar por mais quatro anos? O que se pode esperar em caso de vitória do outro candidato?
É bastante conhecido o slogan criado pelo economista e marqueteiro James Carville, em 1992, para a campanha de Bill Clinton: É a economia, estúpido! Fez tanto sucesso que se admite ter sido decisivo para o democrata vencer George Bush, pai. Carville soube perceber que os norte-americanos estavam mais preocupados com os problemas cotidianos da economia, como desemprego, preços altos e incertezas quanto a poderem honrar suas hipotecas, do que com a vitória do Tio Sam na Guerra do Golfo. É bem verdade que esse episódio tem exatos 30 anos, que vivemos no Brasil e não nos Estados Unidos e que nem só de economia vivem os eleitores, mas quem acompanha a política e as campanhas eleitorais em todo o mundo sabe que a situação econômica de qualquer país em tempos de eleições é de extrema relevância na escolha do voto.
Set. 2022 - UMA ESCOLHA MUITO FÁCIL
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 245 – Setembro de 2022
A poucos dias das eleições mais importantes da nossa história, quero afirmar com convicção que jamais foi tão fácil escolher. A opção não é entre Jair e Luís: é entre a liberdade e a tutela, a prosperidade e a estagnação, o moderno e o ultrapassado, a honestidade e a delinquência, a soberania e a “nova ordem mundial”, os valores morais e a desordem.
UM ALGOZ DA ECONOMIA: O ATIVISMO JUDICIAL
Publicado na Edição 129
09 SET 2022 - 04:29
Seus efeitos negativos sobre a democracia, a economia e a política destroem
a maioria das forças responsáveis pela cooperação social e pela estabilidade institucional.
Quando levamos uma xícara de café quente à boca, a precaução, ativada pela lembrança de alguma queimadura pretérita na língua, nos ensina a começar por um pequeno sorvo, para sentirmos se continuamos a beber ou esperamos um pouco. Antes de entrarmos em uma piscina, é sempre aconselhável checarmos a temperatura da água, para evitarmos sensações desagradáveis. Da mesma forma, a prudência nos recomenda colocarmos agasalhos na mala que vamos levar em uma viagem para a Serra Gaúcha.
Esse comportamento defensivo, quase sempre intuitivo, está presente na maior parte dos atos econômicos e manifesta-se tão mais fortemente quanto maior for a sua importância. Não precisamos de nenhuma cautela quando compramos um pãozinho, mas temos de tomar algum cuidado quando encomendamos uma adega pela internet, e necessitamos ter muita atenção antes de uma transação imobiliária. Todas as decisões relevantes, portanto, exigem cuidados em busca de menos incerteza e mais segurança.
PENSANDO EM NOSSOS DESCENDENTES
Publicado na Edição 126
19 AGO 2022 - 10:24
O que estará em jogo nas eleições de outubro é algo muito mais grave e profundo do que uma
simples escolha entre candidatos. A opção será quanto ao tipo de sociedade que desejamos
Estamos a poucas semanas das eleições presidenciais mais importantes da nossa história, em que estará em jogo algo muito mais grave e profundo do que uma simples escolha entre candidatos, porque a opção a ser feita — de enormes consequências de longo prazo — será quanto ao tipo de sociedade que desejamos para nós e, principalmente, para as gerações futuras. Não será uma seleção meramente política, entre direita e esquerda, ou simplesmente econômica, entre liberais e intervencionistas, mas, sobretudo, uma decisão moral, entre dignidade e indignidade, liberdade e servidão, mérito e malandragem, trabalhar na semeadura e esperar que frutos despenquem da árvore estatal.
Escolher representantes é sempre uma escolha moral, mas neste ano será muito mais. É importante, portanto, que os eleitores conheçam as implicações do que vão digitar naquela urna que tem sido motivo de tantas querelas e novelas, mas que, segundo a autoridade eleitoral, é uma versão moderna (embora de primeira geração) do dístico da encantadora cidade do Porto, em Portugal: mui leal e invicta, ou seja, confiável e inexpugnável.
Ago. 2022 - A IMPORTÂNCIA DA PAUTA DOS COSTUMES
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 244 – Agosto de 2022
A poucas semanas das eleições mais importantes de história brasileira, evidenciam-se os contrastes entre as visões de mundo dos dois principais candidatos, a saber, o Capitão e o ex-hóspede da Polícia Federal em Curitiba. Pensando no futuro, vale a pena apontar brevemente para as divergências entre ambos, na economia, na política, na justiça e nos costumes, com ênfase na pauta de costumes.
É ÁGUIA SIM, E JÁ ESTÁ VOANDO
Publicado na Edição 124
05 AGO 2022 - 10:58
O que faz as economias voarem é a ação humana descentralizada, por parte de uma
infinidade de pessoas que, na maioria dos casos, nem se conhecem
“Assim como um agricultor não gera os frutos, mas cuida do solo para que seja fértil e produtivo,um Presidente não cria empregos, mas trabalha para tornar o ambiente fértile favorável para a iniciativa privada, que é quem realmente gera. É exatamente isso que estamos fazendo.”
Jair M. Bolsonaro, no Twitter, em 28/7/2022
Senti um jato de alegria, uma indescritível sensação de “valeu a pena”, quando deparei com a frase em epígrafe, poucos minutos depois de ser postada pelo presidente. Reli várias vezes para certificar-me de que era aquilo mesmo. Jamais havia sequer cogitado que um dia veria um chefe de Estado brasileiro descrever com tanto acerto e concisão a essência do seu papel. E, ao procurar outros exemplos no mundo inteiro, lembrei-me de apenas dois governantes, nos últimos 50 anos, que demonstraram a mesma percepção e se esforçaram para segui-la à risca: Ronald Reagan e Margaret Thatcher.
INSANIDADE VERSUS LIBERDADE
Publicado na Edição 122
22 JUL 2022 - 10:35
O Ocidente está sendo ameaçado por um perigo sem precedentes — o
do avanço das pautas disseminadoras de divisões
Seja qual for o nome que se dê — globalismo, Nova Ordem Mundial, Fórum de Davos, Agenda 2030 ou Protocolo ESG (de environmental, social e governance) —, o fato é que se trata de ardis dos candidatos a donos do mundo e que estão progressivamente avançando sobre a nossa liberdade. Fortemente endinheirados e controlando muitos canais políticos, já conseguiram transformar o Ocidente em uma coisa chata demais; porém, estão longe de estar satisfeitos.
Como exemplos dessa amofinação permanente, as constatações de que já não se pode mais chamar as pessoas pelo que elas de fato são; de que existe algo como uma obrigação de endossar comportamentos e visões de mundo de que se discorda; e de que, quando se criticam ideias, é preciso primeiro verificar se quem as está expondo pertence a alguma das chamadas “minorias”, sob o risco de atrair ataques furiosos das “sentinelas do bem”. Um saco! Ninguém aguenta mais.
Jul. 2022 - AS MINORIAS INTOLERANTES ESTÃO ESTRAGANDO O MUNDO
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 243 – Julho de 2022
Este artigo é como um desabafo dos justos. O mundo está ficando chato demais. O ar está contaminado por uma sensação incômoda e inaceitável sob qualquer aspecto, de que já não podemos mais chamar as pessoas pelo que elas de fato são, de que somos constrangidos a endossar comportamentos dos quais discordamos e de que, quando criticamos ideias, somos quase que forçados primeiro a verificar se quem as expõe pertence a alguma das chamadas “minorias”, sob o risco de sermos atacados pelas “sentinelas do bem” e rotulados injustamente por uma chuva torrencial de adjetivos e expressões politicamente corretos, todos utilizados à guisa de xingamento e a serviço das causas da esquerda mundial. É tudo um saco! Ninguém aguenta mais!
ARRECADAR MENOS É “BOM” OU “RUIM”?
Publicado na Edição 120
08 JUL 2022 - 11:38
s ciências sociais — e, em particular, a economia — já eram habitadas, bem antes de Matusalém, por algumas esquisitices fantasiadas de normalidade, miragens disfarçadas de realidade e alucinações dissimuladas de materialidade.
Quem ainda não escutou, viu ou leu, por exemplo, de jornalistas famosos, especialistas vaidosos, empresários manhosos, políticos ardilosos e economistas “esquerdosos”, frases desse tipo: “Essa medida vai ser ótima, porque vai gerar mais arrecadação para o governo”, ou “Essa iniciativa de desoneração fiscal é péssima, porque vai diminuir a receita pública”, ou “É preciso taxar as grandes fortunas”, ou, ainda, “Nossa carga tributária é altamente regressiva”? Afirmativas assim costumam revestir-se de tamanha certeza que soam como obviedades, truísmos, verdades inatacáveis pelos séculos dos séculos. Entretanto, não é assim que o sapo coaxa.
O PROGRAMA SUICIDA DO PT

No último dia 6, o Partido dos Trabalhadores levou ao conhecimento do público o protótipo de um programa para um eventual governo daquele que se qualifica como a mais honesta de todas as almas. Intitulado “Diretrizes para o programa de reconstrução do Brasil”, o documento enumera as providências que, no seu entendimento, irão restaurar o país — o mesmo que eles arrasaram com as políticas desastradas que perpetraram entre 2003 e 2016. Na verdade, trata-se de uma reedição, revista e ampliada, do desastre.
Jun. 2022 - ECONOMIA, LEI E ORDEM
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 242 – Junho de 2022
No mundo real, as atividades econômicas não se realizam em aposentos isolados, em compartimentos estanques ou naquele vazio típico dos livros de teoria econômica, elas são dependentes de instituições jurídicas e políticas e segurança no que se refere às garantias da liberdade individual, da propriedade e da vida, além de moeda estável, de serviços públicos minimamente razoáveis e, principalmente, de respeito às regras do jogo por parte de todos os atores, a começar pelo Estado, que deve ter como principal escopo a garantia dessa segurança, de sorte que os que se esforçam para trabalhar e produzir possam desfrutar os frutos do próprio empenho e, consequentemente, sintam-se estimulados a agir com honestidade e sem sobressaltos. A falta de segurança jurídica, a corrupção nos poderes públicos e a difusão de fontes impróprias de enriquecimento e de lucros fáceis fundados em concubinatos com o poder público são certamente grandes obstáculos ao desenvolvimento e à ordem econômica.
O “PETROVESPEIRO”
O RETRATO DO ATRASO
Publicado na edição 111
06 MAIO 2022 - 10:24
Aquela meia dúzia de pessoas que compareceram à Praça Charles Miller no 1° de Maio,
cooptadas pelo incentivo usual do pão com mortadela e cachê, foi contemplada pelo espetáculo do atraso
Quem acompanhou, mesmo apenas durante poucos segundos — mas que pareciam uma eternidade —, as cenas no último 1º de Maio na Praça Charles Miller teve a nítida impressão de que o tempo havia recuado cem anos. Aquela meia dúzia de três ou quatro pessoas, iludidas e cooptadas pelo incentivo usual do pentacombo, composto de pão, mortadela, groselha, ônibus e cachê, foi contemplada com um espetáculo de atraso e demagogia, um verdadeiro atestado de caducidade de ideias proporcionado pelas “falas” despejadas aos berros do palco ali armado. A conclusão é que, para tais criaturas rupestres, os erros do passado não servem de aprendizado para que não sejam repetidos, mas para que sejam considerados acertos, ou talvez que, para quem vive em uma era remota, o passado seja muito curto. É espantoso que ainda exista gente que se iluda com aquilo tudo.
Maio, 2022 - OS CABOS ELEITORAIS DO PRESIDENTE
Artigo do Mês - Ano XXI– Nº 241 – Maio de 2022
Nesta fase de pré-campanha das eleições de outubro, há alguns fatos muito importantes que não podem deixar de ser destacados. Dada a conjuntura bastante tumultuada destes dias no Brasil e no mundo, o que os eleitores brasileiros vão decidir em outubro não será apenas quem serão os escolhidos para presidente, governadores, terça parte dos senadores e deputados federais e estaduais, mas algo muito mais grave, que transcende mandatos de quatro anos.
O que vai ser decidido, caros leitores, é sobre a nossa liberdade e a dos nossos descendentes. Não se trata de uma simples escolha entre direita, esquerda e “terceira via”, mas de optar por uma sociedade de indivíduos livres e calcada nos valores ocidentais judaico-cristãos ou por uma enorme prisão de 8.516.000 km², habitada por adoradores de Gaia, a deusa da terra e comandada na aparência pelo partido do mensalão, do petrolão e outros ãos e seus puxadinhos, mas na prática subordinada aos planos dos financistas e socialistas que se acham donos de nossas ações e de nossas vidas e que desejam implantar uma governança global, também conhecida como Nova Ordem Mundial (NOM), uma aberração totalitária absolutamente inaceitável.
AUTORITARISMO OU LIBERDADE
Publicado na Edição 109
22 ABR 2022 - 11:31
É um erro subestimar esse combate, pois o que está em jogo é um conjunto de prerrogativas muito caras ao Ocidente
Está em curso uma verdadeira guerra, talvez a mais perigosa de todos os tempos, mas que parece ainda não ter sido devidamente identificada por muita gente, porque está sendo travada veladamente. Trata-se do duelo — ou, como está na moda dizer, da “polarização” — entre os globalistas, defensores de um governo mundial centralizado, em que os conceitos de nação, liberdade e propriedade são relativizados sob o pretexto, sempre sedutor, da promoção do bem da humanidade, e os soberanistas, contrários a essa visão, que sustentam a importância da preservação da autonomia de cada nação e dos direitos naturais.
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