TUTTI GLI ERRORI DELLA TEORIA DI JOHN MAYNARD KEYNES
[Pubblicato nella Rivista Liber@mente: La Rivista Aperta di Informazione e Diffusione di Conoscenza, numero 4/2013, ottobre-dicembre di 2013, editata da Fondazione Vincenzo Scoppa, Catanzaro, Calabria, Italia, www.fondazionescoppa.it]
La "Teoria Generale" di Keynes, se considerata dal punto di vista della Scuola Austriaca, è una vera collezione di gravi errori. In questo articolo, ho intenzione di segnalarne quattro: che la teoria austriaca del ciclo presuppone l'esistenza di piena occupazione dei fattori di produzione; che i boom economici sono periodi caratterizzati da "un eccesso di investimenti"; l’'"effetto moltiplicatore"; e la "trappola della liquidità". Andiamo a dimostrare il contrario?
1ª. La Teoria Austriaca del Ciclo Economico (TACE) è valida solo sotto l'ipotesi iniziale di piena occupazione
La convinzione secondo cui nella Teoria Austriaca i cicli causati da espansione artificiale del credito non si verificano in presenza di disoccupazione è errata. La TACE non assume la piena occupazione dei fattori di produzione (capitale e
Out. 2013 - ALBO LAPILLO NOTARE DIEM: EIS A REVISTA DO IMB!
Artigo do Mês - Ano XII– Nº 139 – Outubro de 2013
(Este artigo é um resumo do Editorial que escrevi para o primeiro número da revista acadêmica do Instituto Mises Brasil, lançada em 26 de setembro deste ano, no Rio de Janeiro)
Os romanos, em acontecimentos importantes e felizes, costumavam dizer: albo lapillo notare diem, significando que aquela data seria marcada com uma pedra branca, para realçar sua importância. Isto porque, nos hábitos e costumes de Roma, o branco era símbolo de felicidade e o preto de desgraça. Pois hoje a equipe do Instituto Mises Brasil e todos os simpatizantes da Escola Austríaca de Economia estão já com uma pedrinha cuja alvura marca o lançamento de nosso periódico acadêmico, MISES: Revista Interdisciplinar de Filosofia, Direito e Economia, publicação científica interdisciplinar do IMB, estritamente acadêmica e com periodicidade semestral, com o objetivo de divulgar e debater a tradição da Escola Austríaca que, no âmbito do pensamento econômico atual, certamente é a que mais vem crescendo, se multiplicando e se revigorando, especialmente a partir das últimas três décadas e, com ainda maior intensidade, desde 2008.
SCUOLA DI LIBERALISMO "LUDWIG VON MISES" 2013 - VIDEOSTORY
A Esola de Liberalismo Ludwig von Mises - 2013
Questo video racconta la storia della Scuola di Liberalismo "Ludwig von Mises" 2013 - V Edizione di Catanzaro. Attraverso immagini e musica, la narrazione ripercorre tutte le tappe della Scuola, ricordando la conferenza stampa di
Podcast 5 (sobre o lançamento da revista acadêmica do Instituto Mises Brasil)
Podcast 90 do IMB, sobre a revista acadêmica do IMB, postado em 20/09/2013
Nesta conversa, bastante informal porém muito elucidativa, Bruno Garshagen, Alex Catharino e eu conversamos sobre as características da revista acadêmica Mises: Revista Interdisciplinar de Filosofia, Direito e Economia e sobre seu lançamento na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se da primeira revista estritamente acadêmica sobre a Escola Austríaca de Economia editada no
O GIGANTE ESTÁ “DE SACO CHEIO”!
20/09/2013
O Brasil veste luto desde ontem, não aquele luto preto que tanto me impressionava quando criança e que me leva até hoje, “burro velho”, a não usar qualquer roupa negra (exceto meias, cintos e sapatos), mas um luto vermelho, a cor preferida dos mentecaptos, idiotas, malucos, idiotas e néscios do bolivarianismo, essa peste negra – ou melhor, vermelha – que vem se abatendo sobre a América Latina! Não vou comentar nada sobre aquele voto de Minerva - que tanto enerva, desde a tarde de ontem, os justos, honestos, honrados, nobres, dignos, probos e íntegros e enche de alegre sensação de impunidade os desonestos, desonrados, bastardos, indignos, ímprobos e desintegrados moralmente -, que acolheu os embargos indecentes. Nem vou dizer uma palavra sequer contra o titular da toga e seus pares que, anteriormente a ele, consagraram tal despautério, até porque alguns devem estar tranquilos, certos de que cumpriram a “lei” em todas as suas letras – ou melhor, se curvaram como súcubos desprezíveis, capachos, subservientes e servis, diante de meros garranchos legislatórios que podem e devem se sobrepor, em seus retos (segundo eles) entendimentos, à moral, à ética, aos bons costumes e à própria dignidade da pessoa humana, o atributo essencial de nossa espécie na perspectiva cristã. Deus, certamente, haverá de julgá-los e lá em cima sabemos que não existem filigranas jurídicas que possam livrar os injustos de expiarem seus pecados, entre choro e ranger de dentes. Pode ser até que alguns não sejam condenados se agiram com retidão de consciência, porque não temos capacidade para conhecer os desígnios do Criador.
PSICOANÁLISIS, ¿ UMA CIENCIA ?
PSICOANÁLISIS, ¿ UMA CIENCIA ?
Gabriel Zanotti
31 de enero de 2012 (Universidad Francisco Marroquín)
EMBARGOS INDECENTES
17/09/2013
O Brasil decente, o Brasil de quem trabalha, o Brasil de quem preza os valores morais básicos, aguarda ansioso o voto do ministro Celso de Mello amanhã, quarta feira, sobre a badalada questão dos embargos infringentes, mais uma dentre tantas filigranas jurídicas - não sei o que é pior, se o "economês" ou o "juridiquês", embora ache o segundo desses dialetos mais elegante e mais em conformidade com o bom vernáculo - no caso que ficou conhecido como o dos "mensaleiros".
O que dirá o respeitado jurista de 68 anos a respeito desse recurso cujo objetivo principal, como qualquer mosca de padaria está farta de saber, é o de protelar as decisões finais dos senhores ministros, ganhando assim tempo para os réus e podendo chegar, no limite, a anular sentenças já proferidas pelo STF?
Tecnicamente, no âmbito do Direito Civil, um embargo infringente é um recurso cabível contra acórdãos não unânimes proferidos pelos tribunais em ações que visam a reapreciar ações impugnadas pelos advogados das partes recorrentes, ou seja - em português menos rebuscado e aplicado ao rumoroso caso em questão -, o recurso ao embargo infringente é um expediente jurídico utilizado pelos advogados dos réus para ganharem tempo e, com isso, contando com alterações na composição do Supremo, cujos membros são indicados pelo Executivo, ou seja, no caso, pelo partido acusado do vergonhoso esquema, livrarem seus clientes de penas mais pesadas e, no limite, "provarem" sua suposta inocência.
OCCASIONAL PAPER #14 (1ª Parte): A IMPORTÂNCIA DOS PÓS-ESCOLÁSTICOS PARA A ESCOLA AUSTRÍACA E JUAN DE MARIANA, UM AUSTRÍACO “POLITICAMENTE INCORRETO”
1. Introdução
O primeiro capítulo do excelente livro editado por Randall G. Holcombe, “The Great Austrian Economists” (Ludwig von Mises Institute, 1999, iBooks), escrito por Jesus Huerta de Soto, começa com a seguinte frase:
“A pré-história da escola austríaca de economia pode ser encontrada nas obras dos escolásticos espanhóis, em seus escritos no período conhecido como o "Século de Ouro espanhol", que decorreu de meados do século XVI até o século XVII”.
E prossegue:
“Quem eram estes precursores intelectuais espanhóis da Escola Austríaca de Economia? A maioria deles era formada por escolásticos que ensinavam moral e teologia na Universidade de Salamanca, cidade espanhola medieval localizada a 150 km a noroeste de Madri, perto da fronteira da Espanha com Portugal. Esses escolásticos, principalmente dominicanos e jesuítas, articularam a tradição subjetivista, dinâmica e libertária a que, duzentos e cinquenta anos depois, Carl Menger e seus seguidores iriam dedicar tanta importância. Talvez o mais libertário de todos os escolásticos, especialmente em seus últimos trabalhos, tenha sido o padre jesuíta Juan de Mariana". [pp. 41-73]
OCCASIONAL PAPER #14 (2ª Parte): A IMPORTÂNCIA DOS PÓS-ESCOLÁSTICOS PARA A ESCOLA AUSTRÍACA E JUAN DE MARIANA, UM AUSTRÍACO “POLITICAMENTE INCORRETO”
4. O Cardeal Gaetano, Tommaso de Vio
A Escolástica tardia – o período dos pós-escolásticos - foi um produto do século XVI, o século que deu início à Reforma Protestante e à Contra Reforma Católica. Se o século XIII foi bem descrito como a idade de Ouro da filosofia escolástica, o século XVI foi a sua Era de Prata, a era de um renascimento brilhante do pensamento escolástico, antes de seu fim. Nos séculos XIV e XV surgiu o nominalismo e o enfraquecimento da ideia de uma lei racional, incluindo uma lei natural ética, descobertos pela razão do homem. Mas o século XVI assistiu a um tomismo renascente, liderado por um dos maiores homens da Igreja de sua época, Tommaso de Vio (1469 -1534), o Cardeal Gaetano (ou Caetano, em português).
Ele não foi apenas o filósofo tomista e teólogo eminente de sua época, pois também era um dominicano italiano que se tornou Geral da Ordem em 1508. Como cardeal da Igreja, foi o defensor favorito do Papa em debates com o fundador do protestantismo, Martinho Lutero. Em seu comentário sobre a Summa de São Tomás de Aquino, Caetano, é claro, endossou a visão escolástica de que o preço justo é o preço comum de mercado, refletindo a estimativa dos compradores e considerou que esse preço vai flutuar em decorrência de mudanças nas condições de oferta e demanda. Na tentativa de expurgar da economia escolástica qualquer vestígio da teoria da “estação da vida” de Langenstein, Caetano foi mais longe ao criticar Aquino por este ter denunciado a acumulação de riqueza além de certo nível como pecado de avareza. Pelo contrário, declarou Caetano, é legítimo que pessoas altamente capazes subam na escada social de uma forma que corresponda ao seu trabalho, sua inteligência, sua capacidade e suas realizações.
OCCASIONAL PAPER #14 (3ª Parte): A IMPORTÂNCIA DOS PÓS-ESCOLÁSTICOS PARA A ESCOLA AUSTRÍACA E JUAN DE MARIANA, UM AUSTRÍACO “POLITICAMENTE INCORRETO”
6. Os últimos pós-escolásticos e o declínio do escolasticismo
Além de Mariana, os historiadores costumam destacar mais dois escolásticos tardios contemporâneos a ele: Leonardo Léssio (1554-1623) e Juan de Lugo (1583-1660).
Léssio, jesuíta nascido na Bélgica, sustentava que o preço justo de qualquer bem era aquele determinado pela estimativa comum de mercado. Embora admitisse que um preço determinado pelo governo também pudesse ser justo, apontou diversos casos em que o preço de mercado teria de ser escolhido em detrimento do preço legal. Primeiro, quando o preço de mercado é menor e, segundo, quando, "na alteração de circunstâncias de aumento ou diminuição da oferta e fatores semelhantes, as autoridades forem negligentes em alterar o preço legal”. Ainda mais fortemente, até mesmo um indivíduo poderia pedir um preço acima do teto legal caso as autoridades estivessem "mal informadas sobre as circunstâncias comerciais", o que, segundo ele, seria provável de acontecer praticamente sempre. Para ele, a demanda do mercado era o fator determinante dos preços e isso não dependia das despesas dos comerciantes: caso essas despesas fossem maiores (ou menores) do que o preço de venda, os comerciantes deveriam assumir os prejuízos (ou auferir os lucros).
Ó PÁTRIA AMADA, MALTRATADA, SALVE, SALVE!
07/09/2013
Ensina-nos a História que Dom Pedro I do Brasil e IV de Portugal, no dia de hoje, às margens plácidas do riacho Ipiranga, em São Paulo, cansado das exigências de seus compatriotas e aconselhado alguns anos antes por seu paizão João, resolveu declarar o Brasil independente do pai Portugal, puxando do fundo da garganta um brado tão retumbante que deve lhe ter causado rouquidão. Tudo aconteceu pacificamente, sem guerras, sem derramamento de sangue, a não ser por um ou outro incidente aqui e ali, mas sem maior importância, quando comparados com as guerras de independência de muitos países. O 7 de setembro passou a ser o Dia da Independência. Tudo bem, havíamos mesmo de conquistá-la, até porque já nos havíamos tornado um fardo pesado demais para nossos irmãos portugueses carregarem, já que Portugal e Espanha não possuíam mais a riqueza e o poder que alcançaram na época dos descobrimentos. Nossa "guerra da independência" foi tão singular que nosso proclamador regressou anos depois à sua terrinha, que também é nossa, pelos laços profundos que nos unem, para ser coroado Dom Pedro IV.
OCCASIONAL PAPER #13: SETE ARGUMENTOS AUSTRÍACOS CONTRA O EURO
Introdução
Em artigo recente publicado nesta página manifestei porque tenho motivos para não acreditar no Euro, em contraposição à defesa do mesmo por parte do Professor Jesus Huerta de Soto. Nunca é demais repetir o que frisei no primeiro parágrafo de meu paper mencionado: se existe um campo da teoria econômica em que não há unanimidade entre os economistas da Escola Austríaca, esse campo é o do regime monetário e cambial que cada um considera como o mais adequado para assegurar o que é unânime entre eles — a economia de mercado, o respeito às regras de subsidiariedade, as liberdades individuais, os direitos de propriedade, a crítica ao nacionalismo econômico, a austeridade fiscal e monetária dos estados e, o que é mais importante, aquilo que podemos denominar de "a despolitização do dinheiro".
Os defensores do Euro argumentam com razão que o padrão-ouro, como Mises sempre afirmou, serve como um freio para separar a determinação do poder aquisitivo da moeda das ambições e doutrinas dos partidos políticos e dos grupos de pressão e que o Euro seria uma boa forma para a obtenção dessa separação, que é desejada por todos os economistas austríacos, sejam eles favoráveis ou não à moeda europeia única. Neste artigo aprofundarei e estenderei um pouco mais minhas objeções ao Euro, com base nos argumentos marcantemente austríacos que listarei e comentarei brevemente em seguida, em ordem de importância aleatória.
UM PRESIDIÁRIO NO PLENÁRIO!
02/09/2013
Há muitos anos venho dizendo e escrevendo que dos três subsistemas que compõem as sociedades – o econômico, o político e o ético-moral-cultural – o último deles é seu elo mais fraco, no sentido de que, quando vai mal, contamina, envenena, infecciona, contagia, corrompe e vicia os outros dois. Mas muitos dos idiotas da objetividade (e alguns adeptos do “objetivismo”), quando se toca nesses aspectos morais se encrespam - olhos rútilos e aquela baba bovina e elástica rodrigueana pendente de suas bocas -, e se comprazem em rosnar impropérios, dos quais o único não pornográfico é que defendo teses da Igreja Católica, que guarda, segundo eles, uma visão “medieval” do mundo. Mas a caravana deve seguir em frente e é urgente atentarmos para o fato de que essa doença está atingindo gravemente a sociedade brasileira e percebermos suas incontáveis manifestações, tanto na esfera pública quanto na privada. Um desses ataques patológicos, absolutamente deprimente e estarrecedor, aos valores morais básicos, por todas as circunstâncias que o envolvem, e que deveria escandalizar o mais longínquo dos sertanejos na mais remota caatinga, mas que passou pelo noticiário sem grande alarde, como se fosse algo banal, é o caso do deputado do PMDB de Rondônia, Natan Donadon, condenado pelo STF por oito votos contra um, a treze anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha e peculato, pela participação em desvio de cerca de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia em simulação de contratos de publicidade. Amigos, infelizmente, no Brasil de hoje a corrupção tornou-se prática tão banal que nem as moscas pousam mais nas manchetes dos jornais e revistas que as mostram...
Set. 2013 - POR QUE NÃO ACREDITO NO EURO
Artigo do Mês - Ano XII– Nº 138 – Setembro de 2013
1. Objetivos comuns, instituições diferentes
Se existe um campo da teoria econômica em que não há unanimidade entre os economistas da Escola Austríaca, esse campo é o do regime monetário e cambial que cada um considera como o mais adequado para assegurar o que é unânime entre eles – a economia de mercado, as liberdades individuais, os direitos de propriedade, a crítica ao nacionalismo econômico, a austeridade fiscal e monetária dos estados e, o que é mais importante neste artigo, aquilo que podemos denominar de “a despolitização do dinheiro”.
Como ressaltou Jesus Huerta de Soto em artigo em que defende veementemente o Euro, com argumentos sempre bem colocados contra o nacionalismo monetário, Mises, em sua monumental Ação Humana, defendia o padrão-ouro porque ele coíbe e limita as decisões arbitrárias de políticos e burocratas, além de impor disciplina aos agentes humanos e promover hábitos morais saudáveis. Resumindo, para Mises, o padrão ouro com taxas de câmbio fixas restringiria as mentiras e a demagogia e facilitaria a transparência e a verdade nas relações sociais. Soto cita uma frase emblemática de Mises:
OCCASIONAL PAPER #12 (2ª Parte): JEAN-BAPTISTE SAY, GRANDE ECONOMISTA E PRECURSOR DA ESCOLA AUSTRÍACA
4. Empreendedorismo, capital e juros
Adam Smith excluiu do pensamento econômico a importante figura do empreendedor, mas Say , por estar sempre preocupado com o mundo real e não com situações de equilíbrio de longo prazo, trouxe-a de volta ao palco. Não tão fortemente quanto Cantillon e Turgot, mas o suficiente para que continuasse, embora de modo irregular, no pensamento econômico continental, porém ainda ausente do mainstream dominante do classicismo britânico.
O que esses empresários fazem, na visão de Say? A resposta é que usam sua "indústria", ou, em linguagem moderna, "trabalho", para organizar e dirigir os fatores de produção, de modo a alcançar a satisfação de necessidades dos consumidores. Mas não são meros gerentes, são previsores, avaliadores de projetos e que se arriscam voluntariamente. Say usa a palavra "capital" um tanto confusamente, com duplo sentido, para significar, segundo o contexto exige : (a) de bens de capital, que são parte integrante da produção de novos bens finais, tal como na abordagem austríaca, ou (b) o capital financeiro, visto como o funding da empresa. Os primeiros são o resultado de algum processo de produção mais indireto e, quando combinados com a indústria do empreendedor, geram lucros ou prejuízos, ou seja, na linguagem austríaca, a "estrutura de capital" da economia. O segundo é o resultado de poupar uma parte da renda da atividade produtiva ganha no passado e gerar recebimentos de juros.
OCCASIONAL PAPER #12 (1ª Parte): JEAN-BAPTISTE SAY, GRANDE ECONOMISTA E PRECURSOR DA ESCOLA AUSTRÍACA
1. Introdução
Imagine que você jamais tenha escrito ou dito a frase “os eleitores brasileiros são idiotas” e que você não pense desta forma, mas que, por diversos motivos, venha a ficar famoso, quase dois séculos depois de sua morte, exatamente por terem afirmado repetidamente que você pronunciou essa frase. Pois é o que acontece com a Lei de Say, que jamais escreveu que “a oferta cria a sua própria procura”, mas que é inevitavelmente conhecido por ter escrito algo que nunca escreveu... Poucos postulados da economia deram margem a tantas interpretações equivocadas, algumas por incapacidade de entender as coisas simples, outras por solércia, quanto o que se tornou conhecido como Lei de Say. Principalmente depois que Keynes a deturpou na Teoria Geral (porque precisava, em conformidade com seus padrões éticos, proceder desse modo para construir sua “nova economia”), gerações sucessivas de estudantes, que depois se tornam professores e economistas, repetem qual papagaios o refrão “a oferta cria a sua própria procura”, sem jamais terem lido uma página sequer de Say. É constrangedor quando uma mentira se transforma em um apotegma.
MERCOSUL, UM CARANGUEJO IDEOLÓGICO
26/08/2013
Nossa capacidade de caminhar para trás é de causar inveja ao mais ligeiro dos caranguejos! O Brasil parece ter nascido com a vocação do atraso e com o vício do talento desperdiçado. Um exemplo dessa preferência pelo subdesenvolvimento é nossa pseudo liderança no Mercosul, uma instituição falida e carcomida por toda a sorte de “ismos”: socialismo, patrimonialismo, coronelismo, populismo, bolivarianismo, chavismo, lulismo, kirchnerismo, mujicanismo... O Mercosul transformou-se – graças à “brilhante” atuação ideológica do Itamaraty, em um feudo do que sempre existiu de pior na América Latina. Está condenado ao fracasso. Aliás, já não funciona na prática há bastante tempo. O golpe fatal foi desfechado quando seus integrantes, primeiro, aceitaram a ditadura venezuelana como membro e, segundo, quando expulsaram do acordo o Paraguai, simplesmente porque o país vizinho depôs constitucionalmente um presidente corrupto, um ex-bispo cheio de filhos (com diversas mulheres), mas que, de acordo com a idiotice reinante na atual diplomacia brasileira, possuía uma qualidade que o eximia de qualquer erro: ser de esquerda!
ACREDITE NA ELITE (OU: BRUNO GARSHAGEN E AS ELITES)
17/08/2013
Aquele taxista, ontem, foi taxativo (ou seria “táxi-ativo”?): “Doutor, o mal do Brasil são as elites que não saem do poder. Quer acabar com a corrupção no Brasil? Então acabe com as elites”. Ouvir taxistas é sempre uma boa alternativa para sabermos a média das opiniões de um grupo, porque em seu trabalho conversam com passageiros de grande variedade dentro da estrutura social e também porque a maioria - especialmente os diaristas – convive nos locais onde moram com pessoas que não podem pagar por corridas de táxi. Mas, afinal, o que nosso povo tem em mente quando ouve ou pronuncia ou lê a palavra “elite”? Nos dicionários, elite (do francês élite, que vem do latim eligire) é um substantivo feminino com dois significados. Segundo o Aulete, são estes: “1. O que é ou o que se considera o melhor ou o que tem mais valor em um grupo, em uma sociedade etc.; ESCOL; (FINA) FLOR; NATA; 2. Grupo de pessoas influentes numa sociedade, por estarem em posição de poder ou por serem altamente competentes em determinada área: Os times que formam a elite do futebol brasileiro”.
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