ESPELHOS PARTIDOS ( MARIA LÚCIA VICTOR BARBOSA)
26/03/2013
[A autora é socióloga e reside em Londrina. Recomendo a todos seu blog, www.maluvibar.blogspot.com.br]
“Somos nosso passado. Somos este quimérico museu de formas inconstantes; este amontoado de espelhos partidos”.
Jorge Luís Borges
Para entender a América Latina é preciso voltar no tempo como fiz em um dos meus livros, “América Latina – em busca do paraíso”. Constatar, tomando emprestada a expressão do genial pensador espanhol, José Ortega y Gasset, nossa “embriogenia defeituosa”. E, apesar das diferenças entre a colônia portuguesa e as colônias espanholas entender que origens coloniais fizeram igualmente de nós sociedades invertebradas.
Afinal não tivemos como na “Espanha invertebrada” de Gasset “a comunidade de propósitos” que faz com que grupos integrantes “convivam não por estar juntos, mas sim por fazer algo juntos”. Ao mesmo tempo, nossas sociedades desiguais, o isolamento entre as camadas sociais, a falta de “minorias seletas” que comandassem o processo emancipatório, a inexistência do espírito associativo substituído pela vivência do pequeno mundo familiar ou clânico gerarão o desequilíbrio estrutural cujas manifestações mais graves até hoje sentidas são: o atraso econômico, a mentalidade do atraso, o autoritarismo, o paternalismo, o clientelismo, o nepotismo, o patrimonialismo e a corrupção endêmica.
CHIPRE, UMA COBAIA DE MERKEL PARA IMPOR BAIL-INS AOS PIIGS? (HELIO BELTRÃO)
24/03/2013
[Artigo bastante elucidativo e inteligente de Helio Beltrão postado hoje no excelente blog O Ponto Base, em http://opontobase.com.br/chipre-uma-cobaia-de-merkel-para-impor-bail-ins-nos-piigs/. Helio é presidente do Instituto Mises Brasil, e foi executivo do Banco Garantia. Como gestor e analista de investimentos, utiliza primordialmente a Escola Austríaca e value investing, aliados à perspectiva histórica e geopolítica. É membro de inúmeros conselhos de administração, e possui MBA em Finanças pela Columbia Business School. Aqui ele lança seu olhar arguto, sempre baseado nos ensinamentos da Escola Austríaca, e tenta responder a importantes questões: Que acontecerá? Haverá acordo? Se houver, o que acontecerá quando os bancos voltarem a abrir? O Chipre sairá da UE e abandonará o euro como moeda? Como tudo isso afeta mercados]?
A PRETENSÃO DO CONHECIMENTO (F. A. HAYEK)
19/03/2013
1. [Discurso de Friedrich August von Hayek em 11 de dezembro de 1974, na Academia Sueca, quando recebeu o Nobel de Economia, publicado no site do IMB em 20/07/2011. Naquela ocasião, por uma ironia do destino, Hayek (1899-1992), membro fundador do Mises Institute (convidado por Rothbard), teve que dividir o prêmio com seu rival ideológico, o sueco Gunnar Myrdal. O grande economista austríaco recebeu a honraria "pelos seus trabalhos pioneiros sobre a teoria da moeda e das flutuações econômicas e por suas análises perspicazes sobre a interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e institucionais"]
2. [Este é um dos artigos mais importantes escritos por um economista. Por isso, apesar de um tanto longo, se você quer saber de verdade o que é a ciência econômica, aconselho fortemente sua leitura, uma, duas, três, tantas vezes quantas forem necessárias, até sua plena compreensão]
A ocasião especial dessa conferência, juntamente com o principal problema prático que os economistas enfrentam atualmente, tornaram a escolha deste tópico praticamente inevitável. Por um lado, a ainda recente criação do Prêmio Nobel em Ciências Econômicas é um passo significativo no processo pelo qual, na opinião do público geral, foi concedida à ciência econômica um pouco da dignidade e do prestígio das ciências físicas. Por outro lado, os economistas estão hoje sendo chamados para salvar o mundo livre da séria ameaça da aceleração inflacionária, que foi causada — devemos admitir — pelas mesmas políticas que a maioria dos economistas recomenda, com grande insistência, que os governos adotem. Com efeito, resta-nos nesse momento poucos motivos de orgulho: como profissionais, criamos uma enorme bagunça.
Parece-me que essa incapacidade dos economistas em sugerir políticas mais bem sucedidas está intimamente ligada à propensão a imitar, o mais rigorosamente possível, os procedimentos das mais brilhantemente exitosas ciências físicas — tentativa essa que, em nosso campo profissional, pode levar a erros crassos. Esta é uma abordagem que passou a ser descrita como sendo uma atitude "cientificista" — uma atitude que, como defini há cerca de trinta anos, "é decididamente não científica no verdadeiro sentido do termo, pois envolve uma aplicação mecânica e indiscriminada de hábitos de pensamento a campos diferentes daqueles em que esses hábitos foram formados"[1] Quero hoje iniciar essa palestra explicando como alguns dos mais graves erros da atual política econômica decorrem diretamente desse erro científico.
“HABEMUS CURSUM”! “HABEMUS PALESTRAM”!
16/03/2013
[Artigo publicado hoje no site do Instituto Mises Brasil. Para acessar o programa de cursos e palestras, clique no banner correspondente na home deste site ou diretamente em http://www.mises.org.br/Courses.aspx]
Sim, já temos o primeiro curso e a primeira palestra! Como responsável pela área acadêmica compartilho com vocês, em meu nome, no do Presidente Helio Beltrão e no de toda a valorosa equipe do IMB, a grande satisfação, motivação e esperança que é anunciar – sem fumaça branca, mas com a pompa e a circunstância que somente o latim possui - o início de nosso programa de cursos e palestras on line, nos moldes do Mises norte-americano. Se dissermos apenas que essa auspiciosa notícia vem “preencher uma lacuna” em termos do ensino de economia e ciências sociais, estaremos caindo em um lugar comum, por isso preferimos afirmar que nosso programa, além de encher esse vazio, pretende revolucionar o estudo da ciência econômica e de todos os que se interessam pelas ciências sociais em nosso país, em uma perspectiva de longo prazo, entendido como uma geração.
Como se sabe, as faculdades brasileiras, particularmente as de economia, estão tomadas por keynesianos, neokeynesianos, schumpeterianos, marxistas, desenvolvimentistas e – embora em número menor – monetaristas; muitas instituições de ensino exigem que as dissertações de mestrado e doutorado de seus alunos empreguem métodos econométricos e algumas chegam a impor essa exigência até na graduação, em seus TCCs (trabalhos de conclusão de curso).
O QUE NÓS, CATÓLICOS, DEVEMOS ESPERAR DE UM PAPA
14/03/2013
Ontem, assim que o mundo ouviu o imponente Annuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam, começaram com rapidez impressionante, na TV, na Internet e em todos os meios midiáticos, tentativas de denegrir a imagem daquele que o conclave elegeu. Prefiro nem comentá-las, exatamente por conhecer suas causas e seus propósitos nefandos. Quero apenas escrever em poucas linhas o que nós, católicos, devemos esperar não apenas do novo Papa Francisco, mas de todo e qualquer herdeiro do trono de Pedro, a quem Jesus entregou simbolicamente as chaves de seu Reino e assegurou que as portas do inferno e do mal jamais prevaleceriam contra aquela Igreja que Ele fundou naquele momento.
UMA DEFESA LIBERTÁRIA DOS PRECONCEITOS (DANIELA SILVA)
11/03/2013
[Daniela Silva, portuguesa, é mestranda na Universidade de Aveiro, sendo seus orientadores os distintos professores austríacos André Azevedo Alves e José Manuel Moreira. Este artigo foi publicado em ML – Movimento Libertário, http://movimentolibertario.net/?p=619 , em 10/03/2013]
«Ao repudiar os ritos, o homem se reduz a animal que copula e come.»
(Nicolás Gómez Dávila)
«Se estamos interessados em alargar o raio de influência dos princípios libertários – numa sociedade, académica e mediaticamente, presa e fustigada pela propaganda emitida pelo sistema – convém, de vez em quando, ir averiguar, humildemente, se algum fracasso ou estagnação da nossa empreitada deriva da nossa própria irresponsabilidade. Ou seja, perceber se há alguma fraqueza a emperrar o avanço e reconhecer que podem existir barreiras criadas por nós próprios e que retraem a aproximação de potenciais simpatizantes. Pior ainda do que retrair, é a nossa acção poder estar a ser um contributo activo na boca dos opositores que tiverem o propósito de desacreditar, denegrir e frustrar as nossas propostas.
O ESTADO, LADRAVAZ CONTUMAZ
07/03/2013
Todos nós conhecemos aquela famosa frase de Frédéric Bastiat, a de que “o estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver à custa de todo mundo”. Não obstante Bastiat seja e sempre será um dos meus autores preferidos, quero dizer que, embora tenha passado anos crendo nessa afirmativa, atualmente já não a considero representativa da verdade, pelo menos a que nos cerca no mundo de hoje. Em defesa de Bastiat, devo frisar que ele escreveu na primeira metade do século XIX, tempos em que o estado, embora já fosse o ladrão de sempre, ainda não se tinha transformado no ladroaço desavergonhado e cínico que temos atualmente. Estou certo de que, se fosse vivo, ele concordaria com minha discordância e reveria sua frase.
Por que discordo de um de meus principais gurus? Bem, primeiro, porque o estado, infelizmente, não é nenhuma ficção: ele existe – existe mesmo! - e para mal de todos, exceto daqueles que nele se locupletam. Segundo, porque não é “todo mundo” que se esforça para viver à custa de todo mundo, mas sim poucos (comparativamente ao total da população) que querem viver à custa da quase totalidade da população. E terceiro, porque não precisam fazer grandes “esforços” para conseguirem seu intento.
O PAPA E OS PAPALVOS (HEITOR DE PAOLA)
04/03/2013
Uma amiga católica falou-me que as especulações jornalísticas sobre a renúncia do Papa Bento XVI e o próximo Conclave soavam como invasão de sua vida, assim como se alguém se sentisse no direito de entrar em sua casa e determinar onde e como deveriam ser guardadas sua louça, suas roupas e jóias.
Dei toda razão a ela. Com exceção dos comunicados oficiais do Vaticano e de comentários como os do Padre Paulo Ricardo Azevedo, Percival Puggina, Hermes Rodrigues Nery, Timothy George (Benedict XVI, the Great Augustinian) e outros católicos interessados no bem da Igreja, a maioria dos comentários que tenho lido são de papalvos [i] que se metem onde não foram chamados e falam sobre o que não entendem e nem lhes interessa. Estranho é que para a mídia amestrada a Igreja é uma estrutura arcaica que não interessa mais. Basta um Papa renunciar e é um Deus nos acuda, um rebuliço, não se fala noutra coisa!
KEYNESIAN MACROECONOMICS IN FIVE GRAPHS WITH ONE PAGE OF REFUTATIONS ( by Antony P. Mueller)
03/03/2013
In this spectacular article my colleague Antony Mueller, Professor of the Federal University of Sergipe, masterfully summarized in five simple graphics and only six pages the essence of Keynesian macroeconomics: the "cross diagram", the determination of national income, the inflationary and deflationary "gaps", the "multiplier", and the IS / LM model. At the end of the text he refutes the Keynesian model in a table well prepared. It is necessary to state that a very deep knowledge is required to summarize in just five graphs the essence of Keynes's thought. Professor Mueller really did it.
This article also shows clearly how successive generations of economists have been trained in universities learning a theory that is not compatible with the real world.
I will recommend it to my students as a required reading in my courses.
Podcast 4 (lecture at the Mises Institute in Alabama, on March 8, 2012)
In this lecture at the Auctor's Forum of the Austrian Scholars Conference of the Mises Institute my main atempt was to explain the fundamental concepts of the Austrian School, its core (human action, dynamic time and knowledge)
Mar. 2013 - O “BOTTLE NECK” DOS PORTOS BRASILEIROS
Artigo do Mês - Ano XII– Nº 132 – Março de 2013
1. A situação atual: ineficiência
Para mal de todos os consumidores e conhecimento geral da nação, nossa economia apresenta diversos gargalos ou pontos de estrangulamento - bottle necks -, que a impedem de crescer como poderia e como desejaríamos. Temos muitos bottle necks institucionais, como o desmedido peso do estado na economia, a burocracia desestimuladora do empreendedorismo, a elevadíssima carga de tributos, a complexa estrutura tributária, a falta de atendimento às regras básicas do princípio da subsidiariedade (já que, ao final e ao cabo, as decisões mais importantes são tomadas em Brasília), as mudanças frequentes de regras, os encargos trabalhistas e a sindicalização exacerbada, além de outros entraves. Mas não podemos esquecer-nos de que há consideráveis pontos de estrangulamento em nossa precaríssima infraestrutura: estradas, ferrovias, hidrovias, navegação de cabotagem, telecomunicações, aeroportos e portos. Com isso, o chamado custo Brasil vem sendo um dos principais responsáveis há bastante tempo pelas baixas taxas de crescimento econômico.
E AÍ, YOANI?
26/02/2013
Uma blogueira visitou o Brasil, fato que poderíamos considerar como corriqueiro, habitual, banal e trivial. Mas sua simples presença aqui causou tanta celeuma, mostrou tanta intolerância, movimentou um aparato midiático tal que temos que nos perguntar o por quê disso tudo. A resposta é simples: ela é cubana, ou seja, nasceu e vive em um país dominado por uma ditadura comunista há mais de cinco décadas e veio para outro país governado há dez anos por gente que, embora jurando amor à democracia, nunca deixou de mostrar admiração patológica pelo regime que predomina na ilha-presídio, propriedade dos irmãos Castro, que fazem seu povo passar por duras agruras sem darem a mínima para o crime moral pelo qual são responsáveis.
Yoani, para postar em seu blog que ganhou notoriedade em todo o mundo precisa gastar - segundo disse na TV - seis dólares por mês, o equivalente à terça parte de seu salário, que é o preço cobrado por uma lan house, já que a internet no país miserável em que vive é precaríssima. Assim, ela escreve off line em seu computador e é obrigada a ir à loja (uma vez por mês, acredito) para postar em sua página.
Podcast 3 (sobre a política econômica do governo Dilma)
Entrevista a Bruno Garshagen para o Podcast do IMB, postada em 22/02/2013
Nesta entrevista, a de número 60 da série de Podcasts do Instituto Mises Brasil, converso com Bruno sobre a incompetência que caracteriza a equipe econômica do governo Dilma e de como os erros da equipe econômica vêm
Podcast 2 (sobre as "Dez Lições de Economia Austríaca para Iniciantes")
Entrevista a Bruno Garshagen para o Podcast do IMB, postada em 14/09/2012
Esta foi a entrevista de número 37 da série de Podcasts do Instituto Mises Brasil e nela explico as Dez Lições de Economia Austríaca para Iniciantes, que foram publicadas semanalmente no site do Instituto. As dez lições são: 1. Economia e Instituições; 2. O que é economia, escassez, escolhas e valor; 3. Ação, tempo e incerteza; 4. O que são os mercados e como são determinados os preços; 5. Os efeitos dos controles de preços; 6. Lucros, perdas e empreendedorismo; 7. Capital, juros e estrutura de produção; 8. O papel da competição; 9. Moeda e preços; e 10. Bancos, bancos centrais e ciclos econômicos.
Podcast 1 (sobre como passei a ser um economista "austríaco")
Entrevista a Bruno Garshagen para o Podcast do IMB, postada em 22/02/2013
Neste Podcast, o de número 60 da série do IMB, comento sobre minha experiência no universo acadêmico e sobre a posição de parte dos docentes em relação à Escola Austríaca, comento o curso de extensão de Escola Austríaca realizado na UERJ e como foi meu primeiro contacto com as ideias da liberdade e por que me tornei um economista Austríaco.
IL MONDO È IMPAZZITO?
14/02/2013
[Pubblicato oggi sul sito di von Mises Italia, http://vonmises.it/ in http://vonmises.it/2013/02/14/il-mondo-e-impazzito/, nel 20 febbraio sul sito Usenlab.com in http://www.usemlab.com/index.php?option=com_content&view=article&id=995:il-mondo-e-impazzito&catid=38:teoria&Itemid=139 e nel 22 febbraio sul sito di Centro Tocqueville-Acton in http://www.cattolici-liberali.com/pubblicazioni/opinioniecommenti/2013/IlMondoEImpazzito.aspx]
Da ragazzino mi piaceva giocare a calcio con gli amici nel cortile di mio zio Salvatore e, quando la palla partiva nella direzione sbagliata frantumando un vetro, lui ci rimproverava tutti col suo accento calabrese: “Guardate guagliuni cosa avete fatto! Avete visto che danno? Siete forse impazziti? Per punizione starete un mese senza palla!”.
Oggi, dopo tanti anni, mi chiedo: il mondo è forse impazzito? Perché gli economisti insistono nel rompere finestre? Perché mai Keynes ha detto che questa pratica potrebbe generare posti di lavoro? Perché non si legge Bastiat, Mises, Hayek? Se zio Turiddu fosse vivo, la giusta punizione da lui impartita a governi e banche centrali sarebbe stata: “Dimenticate Keynes e la macroeconomia tradizionale, leggete tutti i libri di Mises e degli economisti Austriaci per i prossimi cent’anni!“.
Invero, sembra proprio che il nostro vecchio mondo sia decisamente impazzito, una malattia dai diversi nomi ma tutti equivalenti: interventismo, socialismo, keynesismo, monetarismo, sviluppismo, socialdemocrazia, stato sociale, populismo …
OLHA O “TIGRÃO” AÍ, MINHA GENTE!
08/02/2013
Não! Não é o que você pode estar pensando - que se trata de um grito de guerra de algum puxador de samba para animar sua escola a começar o desfile. Refiro-me ao tigre da inflação, que está de volta à nossa casa sem fazer qualquer cerimônia.
O presidente Collor, em seu primeiro dia de governo, ao sequestrar 80% de toda a poupança financeira de cidadãos e empresas, declarou, com aquela empáfia que lhe é característica, que as medidas daquela senhora amadora que ocupava a Fazenda “haviam matado o tigre da inflação”. Pois bem, o que aconteceu – e que era facilmente previsto – foi que o tal tiro matou todos os animais da floresta econômica, menos o tigre... Ou melhor, o tigre e alguns privilegiados que tiveram acesso à inside information.
COMO O ESTADO E UM MONOPÓLIO PRIVADO DESTRUIRAM O SAMBA-ENREDO
06/02/2013
Você pode não concordar com minha opinião, mas devo dizer antes duas coisas: primeiro, que é a de um músico e não a de um artista plástico, ou de um diretor de TV, ou de um prefeito, ou de um secretário de turismo, ou de um turista, ou de um empresário dessa área, ou de um gerente de hotel. Tendo um piano sempre à frente e música em minha volta desde que fui gerado e sendo época de Carnaval, vou comentar um fato que vem me incomodando há alguns anos: a deterioração melódica, harmônica e rítmica, bastante perceptível, dos sambas-enredo das escolas cariocas e, por motivos óbvios, as de São Paulo e dos outros estados. A segunda coisa que devo mencionar é que há muito tempo deixei de assistir aos desfiles e ao Carnaval, que substituí por temporadas na praia, filmes e outros afazeres mais interessantes. Dito isso, vamos à pergunta que não quer calar: em quem colocar a culpa pela progressiva transformação dos sambas-enredo quase que em marchas?
A meu ver a queda na qualidade do samba-enredo tem dois culpados: o estado e o monopólio de transmissão do desfile. Eis uma combinação letal: estado e monopólios! E, na maioria das vezes, os segundos são consequência do primeiro.
VENDER NÃO É “MELHOR” NEM “PIOR” DO QUE COMPRAR!
04/02/2013
O Instituto Mises Brasil postou hoje um artigo bastante esclarecedor de Gary North, em que o ex-membro adjunto do Mises Institute e autor de vários livros sobre economia, ética e história desmonta com clareza didática irrepreensível o mito de que “exportar é bom e importar é ruim para o pais”. A meu ver, é uma leitura obrigatória, porque essa lenda – que remonta ao mercantilismo – tornou-se, nas palavras do próprio North, “senso comum reinante entre os economistas convencionais, a mídia e os leigos”. Pensam que “um país estará em melhor situação se ele exportar mais bens e serviços do que ele importa. A crença dominante é a de que, se um país é um exportador líquido, então este país é uma verdadeira usina de prosperidade”.
Não vou me alongar no assunto, porque acredito que no artigo ele explica muito bem o quão equivocada é essa ideia. Vou me limitar apenas a acrescentar dois argumentos adicionais para corroborar North.
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