Fev. 2018 - POR QUE MISES E HAYEK (E NÃO MISES OU HAYEK)?
Artigo do Mês - Ano XVII– Nº 191 – Fevereiro de 2018
É natural que tenhamos preferências, seja por economistas ou por quaisquer outros profissionais, nos campos da ciência, da música, da literatura, do jornalismo, do cinema, do teatro, da pintura, dos esportes, etc. No entanto, preferir um determinado autor a outro não deve implicar que esse “outro” não tenha talento ou valor e – mais importante – que há necessariamente que se escolher entre um e outro. E digo mais: em todos esses campos, cada economista, músico, escritor, jornalista, ator ou pintor sempre é precedido por um ou mais pares: Mozart, por Bach; Utrillo, por Daubigny; Bill Evans, por Chopin; Poisson, por Pitágoras; Newton, por Kepler; Einstein, por Newton e assim por diante.
Jan. 2018 - NOVO ANO, VELHAS INCERTEZAS E UM CONCURSO
Artigo do Mês - Ano XVII– Nº 190 – Janeiro de 2018
A cada início de ano, é costume renovar esperanças e fortalecer confianças em relação ao futuro. Tempo de arrumar armários, limpar gavetas, fazer faxinas e vestir cores que – acreditam muitos – ajudem a realizar antigos desejos e aspirações. Nada existe de errado com esses hábitos, descontado o teor de superstição que costuma motivá-los, nem com o fato de se os estender para o campo das relações econômicas. Afinal, também na economia a esperança pode, assim como a fé, mover montanhas. Mas, para tal, precisa fundamentar-se em fatos concretos e não em crenças escatológicas ou mitos ideológicos.
Dez. 2017 - MISES ERA MACHISTA?
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 189 – Dezembro de 2017
O que pensava Mises sobre os papéis da família e da mulher na sociedade? Em Socialismo (Socialism: An Economic and Sociological Analysis) ele combateu dois estratagemas retóricos socialistas de sucesso. O primeiro era o de apresentar o socialismo como "indo além" do liberalismo, no mister de liberar o ser humano. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1818-1883) haviam reconhecido os méritos do capitalismo para a produção sem restrições, mas o criticavam por não ter ido longe o suficiente para abolir as instituições que impediriam o florescimento da raça humana. A segunda artimanha, análoga, era usada pelas feministas socialistas dos século XVIII e XIX: admitiam que a condição das mulheres havia melhorado no curso dos séculos anteriores, com o capitalismo, mas não o suficiente. E que a instituição do casamento teria impedido que acontecessem progressos adicionais, porque o casamento estabelecia a dominação masculina sobre as mulheres, por natureza mais fracas, e impedia sua capacidade produtiva. A solução, na visão delas, era proibir o casamento e substituí-lo por laços espontâneos e soltos entre companheiros. Como se vê, nada diferente – a não ser o fato de a gravidade do problema ter aumentado -, em essência, do que se observa nos dias atuais, em que as instituições do casamento e da família sofrem ataques intermitentes, agora com apoio praticamente integral dos meios de comunicação, diferentemente do que acontecia há um século.
Nov. 2017 - E ASSIM CAMINHA A CRIMINALIDADE
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 188 – Novembro de 2017
Em 4 de dezembro de 2006 publiquei o seguinte artigo, na coluna que mantinha na extinta edição impressa do Jornal do Brasil, sobre a onda de criminalidade que assolava o Rio de Janeiro:
OVELHAS E LOBOS
O crime no Rio de Janeiro atingiu as raias do intolerável, o que nos remete a uma oportuna declaração do Primeiro-Ministro britânico Tony Blair, a de que “uma sociedade decente não se baseia em direitos, mas em deveres”. Precisamos entender de uma vez que o legal nem sempre é justo e que não há justificativa moral para proteger, com tarjas, bandidos covardes, apenas porque ainda não completaram 18 anos. E respeitar a máxima irretorquível de que, se a lei é para ser cumprida, não podemos esquecer que, para tal, precisa ser justa. Afinal, são as regras de conduta que existem para os homens corretos ou são estes que existem para elas? A foto sem tarja do menor que assassinou, covarde e friamente, uma empresária no Leblon - que o JB, corajosamente, estampou na primeira página da edição do dia 26 passado, um domingo -, fez chover na redação muitas cartas de leitores, a maioria apoiando a atitude.
Out. 2017 - A FÁBULA
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 187 – Outubro de 2017
Muitas pessoas têm me perguntado se a recuperação de nossa economia, o controle da inflação e a trajetória descendente da taxa básica de juros, que vêm se verificando há três ou quatro meses, são permanentes ou estão condenadas a se transformarem em mais uma bolha. Para responder a essa importante dúvida, bem como comentar sobre as quase que eternas vicissitudes da economia brasileira, vou recorrer ao velho Esopo (620 a.C. – D 564 a.C.), considerado o pai da fábula como gênero literário, bem como, naturalmente, à boa teoria econômica. Isso me levou a escrever a pequena e despretensiosa fábula abaixo.
Set. 2017 - ATIVISTAS VIGARISTAS E LIBERTÁRIOS SECTÁRIOS
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 186 – Setembro de 2017
O banco Santander, utilizando cerca de R$ 800 mil em isenções fiscais da lei Rouanet, realizou em Porto Alegre uma “mostra” – Queermuseu - em que, sob o pretexto de estimular a chamada “diversidade cultural”, especialmente entre crianças e jovens (como explicitava a página do departamento dito “cultural” do banco), foram exibidas peças – apelidadas de “arte alternativa” – que retratavam cenas de pedofilia, zoofilia, homossexualismo infantil, racismo, bestialismo, tortura e ataques blasfemos a símbolos cristãos em geral, especialmente aos da religião católica. Para começo de conversa, todos esses comportamentos são, sem meias palavras, crimes devidamente tipificados em nosso Código Penal.
Ago. 2017 - ¡SOCIALISMO ES MUERTE!
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 185 – Agosto de 2017
¡SOCIALISMO OES MUERTE!
Como o mundo inteiro está sabendo, a sociedade venezuelana está doente, muito doente, em estado de diátese econômica, moral e social, cuja causa – e temos que apontá-la peremptoriamente - é uma e somente uma: o socialismo. A mídia, no entanto - com raríssimas exceções - silencia sobre essa causa e chega a recorrer a metáforas tão mirabolantes quanto patéticas para escapar de mencioná-la.
Jul. 2017 - LE RAGIONI DI UMA DISTINZIONE NECESSARIA
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 184 – Julho de 2017
Globalizzazione e globalismo, due termini spesso confusi o usati in modo
improprio, dei quali è necessario compredere il significato e le differenze
[Pubblicato nella Rivista Liber@mente: La Rivista Aperta di Informazione e Diffusione di Conoscenza, numero 2/2017, Aprile-Maggio_Giugno di 2017, editata da Fondazione Vincenzo Scoppa, Catanzaro, Calabria, Italia, https://t.co/CtDcfOdcd3 e www.fondazionescoppa.it]
Per capire meglio il problema, è necessario fare una distinzione fondamentale tra globalizzazione e globalismo: il primo termine ha connotazioni economiche, mentre il secondo ha essenzialmente uma dimensione politica. È facile vedere Che il globalismo - che può anche essere chiamato globalizzazione politica – non ha assolutamente nulla in comune com la globalizzazione economica.
Jun. 2017 - MOEDA CONFIÁVEL E JURO NORMAL: ESTABILIDADE E PROGRESSO
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 183 – Junho de 2017
Publicado na obra Lanterna na Proa – Roberto Campos Ano 100, Martins, Ives Gandra da Silva e Castro, Paulo Rabello de (orgs), Resistência Cultural, São Luís, 2017, pp. 173/177.
Vários economistas influenciaram Roberto Campos. Os principais foram os liberais brasileiros Eugênio Gudin e Octávio Gouveia de Bulhões; os norte-americanos Milton Friedman, preceptor do monetarismo, e James Buchanan Jr, mentor da chamada Escola da Public Choice; e os economistas austríacos Ludwig von Mises e Friedrich August von Hayek. Em comum a todos eles, a defesa firme da economia de mercado, a desconfiança não menos inabalável nas ações do Estado no âmbito da economia e a ojeriza profunda às teses “inflacionistas”, segundo as quais “um pouco de inflação não faz mal a ninguém e é até benéfico”. Em desacordo, a metodologia adequada ao estudo da economia, em que, contrariamente aos demais, apenas os economistas da tradição austríaca de Carl Menger empregam elementos subjetivistas, incorporam uma teoria dinâmica do capital em suas análises, rejeitam o uso da matemática como ferramenta para modelar a ação humana individual e postulam que esta última deve ser o fio condutor das análises, o que os leva a rechaçar os modelos econométricos de previsão e a macroeconomia com seu método agregativo de natureza holística.
Mai. 2017 - A LIBERDADE VEM COM TUDO: A V CONFERÊNCIA DE ESCOLA AUSTRÍACA DO INSTITUTO MISES BRASIL
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 182 – Maio de 2017
Nos dias 12 e 13 deste mês o Instituto Mises realizou a sua V Conferência de Escola Austríaca, na cidade de São Paulo. O evento aconteceu no belíssimo auditório Ruy Barbosa da Universidade Mackenzie e contou com a presença de vários conferencistas do Brasil e do Exterior, que palestraram e discutiram sobre diversos temas ligados à Escola Austríaca de Economia.
O balanço final da V Conferência me permite afirmar que, de fato, a liberdade vem com tudo! Há alguns anos, jamais poderia imaginar um auditório repleto, com cerca de 800 pessoas, todas atentas às diversas palestras e painéis em que cientistas sociais afeitos à tradição de Carl Menger expuseram ideias e propuseram soluções para diversos temas de natureza prática.
Abr. 2017 - LIBERTÀ E LEGGE, VALORI UNIVERSALI
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 181 – Abril de 2017
[Pubblicato nella Rivista Liber@mente: La Rivista Aperta di Informazione e Diffusione di Conoscenza, numero 1/2017, Gennaio-Febbraio-Marzo di 2017, editata da Fondazione Vincenzo Scoppa, Catanzaro, Calabria, Italia, https://t.co/CtDcfOdcd3 e www.fondazionescoppa.it]
L’ILLUSIONE DELLE DECISIONI COLLETTIVE
Attraverso la legislazione prodotta dal Parlamento, lo Stato ha ridotto gli spazi delle decisioni individuali
La libertà è possibile solo sotto il governo della legge, che è garanzia contro l’esercizio arbitrario del potere
Nel XX secolo, Bruno Leoni è stato senza dubbio uno dei più grandi difensori dela libertà individuale di scelta. Si è distinto per l’ intelligenza ben al di là della media, il talento, la forza di persuasione e la poliedricità delle conoscenze. È stato uno studioso di vasto sapere di diritto e scienze politiche e, come se non bastasse, conosceva anche le scienze economiche con una profondità solitamente non comune negli uomini di legge. È stato anche un grande critico della prassi legislativa positivista come limitatatrice delle libertà individuale, in particolare quella che interferisce con l’ordine di mercato e lo altera. Ha criticato anche le pratiche elettorali che portano alla fallacia, e alla ditatura, del “governo della maggioranza”, con argomenti inconfutabili. Essi dimostrano che le argomentazioni comunemente prospettate come quelle della volontà della maggioranza sono in realtà convenienza o opportunità di una piccola minoranza, rappresentata da politici, burocrati e imprenditori “assistiti“ dallo Stato.
Mar. 2017 - "FAIR TRADE"? PARA COM ISSO, MR. TRUMP...
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 180 – Março de 2017
Em seu primeiro pronunciamento ao Congresso dos Estados Unidos, o Presidente Donald Trump fez questão de ressaltar diversas vezes que seu governo buscará o “justo comércio” (fair trade) e que tal conceito seria mais importante para o progresso de seu país do que o de livre comércio (free trade).
Duas bofetadas! A primeira na própria história, não apenas na norte-americana, mas na de toda a civilização, desde tempos imemoriais, em que o livre comércio sempre se mostrou superior, comparativamente ao comércio entre países com intervenções do Estado, para promover o bem-estar dos povos que realizam voluntariamente suas trocas. A segunda, na nossa inteligência, por motivos óbvios. E, de lambuja, vários tabefes, catiripapos e sopapos, em Juan de Mariana, David Hume, Adam Smith, Jean Baptiste Say, Anne Robert Turgot, David Ricardo, Frédéric Bastiat, John Stuart Mill, Ludwig von Mises, Milton Friedman, Harry Johnson, Friedrich Hayek e todos os demais economistas e estudiosos de relações internacionais que defenderam e defendem o livre comércio com argumentos sólidos, ao longo dos últimos três séculos e ainda hoje, contra as idéias mercantilistas que, a exemplo das socialistas, têm a incrível capacidade de sobreviver às incontáveis derrotas que lhes infligem os fatos.
Fev. 2017 - DILIGENTIBUS DEUM, OMNIA COOPERANTUR IN BONUM
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 179 – Fevereiro de 2017
É verdade, tudo concorre para o bem dos que amam a Deus, como ensinou São Paulo aos romanos (Rom 8,28). Ou, em linguagem popular e como nos ensinavam nossos pais e avós, quem é justo e honesto não tem nada a perder, pelo contrário, só tem a ganhar, mesmo que os ganhos não sejam materiais. Essa frase do apóstolo dos gentios não exprime qualquer exortação à simples resignação ou aceitação diante de situações difíceis ou desesperadoras. Pelo contrário, em um sentido mais amplo, é uma expressão da mais genuína esperança diante de acontecimentos, escândalos e quaisquer fatos que nos desagradam.
Jan. 2017 - 2017: ESPERAR O QUÊ?
Artigo do Mês - Ano XVI– Nº 178 – Janeiro de 2017
Economistas austríacos nunca foram dados a exercícios de futurologia, pois acreditamos que a metodologia adequada para a ciência econômica não se presta a tal. No entanto, isto não nos impede de anteciparmos qualitativamente o comportamento de algumas variáveis, mediante a simples aplicação da análise praxiológica.
Estamos atravessando a pior crise econômica de nossa história, talvez apenas comparável à do governo de Campos Sales (1898-1902), herdada de seu antecessor Prudente de Morais (1894-1898), cujo ministro da Fazenda, Rui Barbosa, destruiu a economia com a loucura do encilhamento, uma bolha de crédito inacreditável. O sucessor de Rui, o médico homeopata Joaquim Murtinho, prescreveu então uma receita bastante ortodoxa e alopata (como teria que ser) para consertar os enormes estragos provocados pelo jurista que não entendia de economia, remédio forte e cujo amargor perdurou durante todo o governo de Campos Sales. Preparou então Murtinho, em meio à forte recessão purificadora, o terreno para que o governo seguinte – o de Rodrigues Alves – pudesse fazer a colheita, como de fato aconteceu, já que foi o mais próspero da Primeira República.
Dez. 2016 - LA SOCIETÀ APERTA, UNA POTENZA CREATIVA
Artigo do Mês - Ano XV– Nº 177 – Dezembro de 2016
[Pubblicato nella Rivista Liber@mente: La Rivista Aperta di Informazione e Diffusione di Conoscenza, numero 3/2016, Luglio-Agosto-Settembre di 2016, editata da Fondazione Vincenzo Scoppa, Catanzaro, Calabria, Italia, https://t.co/CtDcfOdcd3 e www.fondazionescoppa.it]
L’economia di mercato è la base della società aperta e assicura un alto e diffuso livello di benessere
Una delle caratteristiche più importanti della società, dalla più antica alla moderna, è che gli uomini cooperano tra loro. Infatti, la società è uno degli aspetti dell'azione umana, una delle sue linee più peculiari, e quindi non può esistere fuori del comportamento dei suoi membri. Dobbiamo considerare, però, che le società non possono pensare, agire, comprare, o vendere perché sono gli individui nelle loro relazioni complesse e nelle loro scelte che determinano i fatti. E i comportamenti che distinguono la civiltà dalla barbarie vengono acquisiti attraverso un costante processo di apprendimento, tentativi ed errori, in costante rinnovamento. Ludwig von Mises in Human Action, evidenzia con solidi argomenti che ciò che distingue l'uomo dagli animali è la comprensione dei vantaggi che possono derivare dalla cooperazione nell’ambito della divisione del lavoro.
Ciò che noi chiamiamo civiltà è dunque il risultato di sforzi individuali permanenti, l'impiego di mezzi, scopi e, quindi, di azioni per combattere le forze che sono ostacoli al loro benessere. Chiaramente, il successo o il fallimento di questi sforzi dipende dalla scelta dei mezzi adeguati. Se i mezzi scelti non sono adatti per ciascun obiettivo, i risultati non possono essere altro che la frustrazione. Tuttavia, né la ragione né l’esperienza sono in grado di garantire che siano sempre fatte le scelte giuste. La civiltà, così come il mercato, seguendo la nomenclatura Hayek, è un ordine spontaneo, un processo di prova ed errore che si sviluppa nel tempo tra genuine condizioni di incertezza. Lo stesso Mises osserva che la civiltà moderna è un prodotto della filosofia del libero mercato, che non può esistere con un governo onnipotente. In realtà, la civiltà è il risultato di quella sensazione di piacere e di pace che solo la divisione del lavoro e di scambio volontario sono in grado di fornire.
OCCASIONAL PAPER #18: A BATALHA DA LINGUAGEM
1. Introdução
O famoso escritor francês Victor Hugo (1802-1885) observou: “resistimos à invasão dos exércitos; não resistimos à invasão das ideias”. Uma das frases mais repetidas por Mises - e atribuída por alguns [1] ao pintor americano William McGregor Paxton (1869 – 1941) - é que as ideias são mais poderosas do que os exércitos. Acredito não apenas que todos estavam cobertos de razão, mas também que, nessas poucas palavras, conseguiram transmitir uma lição formidável de otimismo e, mais do que isso, um convite para que todos acreditemos na inexorabilidade do longo prazo, no tempo bergsoniano como fonte permanente de descobertas e aperfeiçoamento. Como escreveu Lew Rockwell,
“As ideias ignoram as fronteiras. Elas não são inibidas por meras questões espaciais. Elas são perfeitamente capazes de atravessar os limites do tempo. Elas crescem e se difundem por meio de ações e decisões individuais sobre as quais absolutamente ninguém possui controle algum. No final, o fato é que os governos são incapazes de gerir e impor as ideias. Muitos são, inclusive, emasculados por elas”.[2]
ABAIXO O POLITICAMENTE CORRETO!
14/11/2016
A vitória de Trump nos Estados Unidos foi um golpe bastante duro em muito do que representa o que de pior existe no mundo de nossos dias: a mídia quase toda de esquerda - internacional e brasileira –, o partido democrata americano, os partidos socialistas espalhados pelo mundo, o próprio partido republicano, com seus vícios que se acumularam como limo, o establishment burocrático e corrupto de Washington, a ONU e outros organismos globalistas, a União Europeia e sua burocracia milionária e intervencionista, os adeptos da ideologia de gênero e do racismo, a maciça propaganda antijudaica e anticristã, o sr. Soros e muitos outros elementos da pior de todas as ameaças que atualmente ainda avançam sobre as liberdades individuais e – sem exagero – sobre a paz entre as nações.
Refiro-me à ideologia estúpida do politicamente correto, essa coisa autoritária disfarçada de solidariedade, esse amontoado de vícios escondidos em capa de virtudes, esse relativismo absolutamente imoral fantasiado de fraternidade, essa inaceitável intolerância dos valores judaico-cristãos sob o escabeche de tolerância religiosa.
Nov. 2016 - ESCOLHAS PÚBLICAS, CONCENTRAÇÃO DE PODER E CORRUPÇÃO
Artigo do Mês - Ano XV– Nº 176 – Novembro de 2016
Um dos axiomas decorrentes da condição humana e das ações individuais, que deveria ser bastante claro para todas as pessoas, mas que permanece ingenuamente ignorado pela maioria delas, é que a corrupção é uma das consequências da concentração de poder político. Esse alheamento patológico da realidade, que leva muitos milhões de cidadãos a não enxergarem o óbvio, está ligado a outras crendices doentias crônicas, como a de acreditar que os gastos do governo geram bem-estar para a população, a de crer que trocando uns políticos por outros as coisas tenderão a melhorar e a de aceitar que as maiorias sempre têm razão. A democracia, meus amigos, não pode ser um fetiche e nem ser vista como fim, porque é simples meio.
Tudo o que o Estado faz pode ser feito muito melhor pela iniciativa privada. Inclusive os ditos "gastos sociais". O Estado age pelos políticos e estes, sempre e em qualquer lugar, movem-se pelos seus interesses e não pelos daqueles que eles dizem defender. Papai Noel, infelizmente e em que pesem sua simpatia e boas intenções, não existe.
Out. 2016 - A “FILÓSOFA” E SUAS “BESTAS” E “DÉSPOTAS”
Artigo do Mês - Ano XV– Nº 175 – Outubro de 2016
A dita “filósofa” (as aspas são muito necessárias) Marilena Chauí, em palestra proferida - ou, melhor dizendo, expelida – no colégio Oswald de Andrade, um dos mais caros da cidade de São Paulo, voltou a regurgitar seus costumeiros dejetos verbais, ao afirmar, com aquele ar de suposta superioridade intelectual tão ao gosto dos nossos esquerdistas inimigos de leituras, que “quem defende a família é uma besta” e que os pais são “déspotas” (ver aqui).
Se você tiver estômago para assistir à íntegra do vídeo, parabéns, pois tem capacidade de digerir qualquer coisa, de pedras a salgadinhos de beira de estrada com validade vencida. Sinceramente, eu não tenho. Contudo, tive que me impor esse sofrimento para escrever essas linhas. Naturalmente, recorri antes a meu cunhado médico para me indicar algo que me permitisse suportar o verdadeiro suplício que foi ouvi-la por dois ou três minutos, durante os quais me senti como naquelas ocasiões em que, aos quarenta minutos do segundo tempo, meu time está ganhando por um gol de diferença e o relógio parece andar para trás.
Set. 2016 - UM GOLPE DE MESTRE
Artigo do Mês - Ano XV– Nº 174 – Setembro de 2016
Quem ainda não ouviu na empresa em que trabalha uma frase desse tipo: “Ih, é melhor não se meter nisso, porque foi uma decisão política”? Ou: “Sei que você está certo, mas meu conselho é deixar pra lá, porque a ordem veio de cima”? Ou, ainda: “Cara, te aconselho a não bater de frente com Fulano, porque ele é ligado ao diretor Beltrano”?
Creio que você já entendeu onde quero chegar, não? Na verdade, a uma conclusão bastante óbvia, a de que as soluções ditas políticas não costumam ser as melhores, quando comparadas com as soluções técnicas, ou mesmo com as formuladas pelo simples bom senso. No entanto, quando levada ao nível institucional, essa constatação quase axiomática parece perder todo e qualquer resquício de certeza, especialmente quando se trata de questões relativas à sociedade, à economia e também ao ordenamento moral e jurídico.
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